ROMARIA INTER-PAROQUIAL DAS SENHORAS 2005 - 2013 9.ª ROMARIA

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A MISSÃO DO MESTRE DE ROMEIROS

A missão do Mestre de Romeiros

Quando à dez anos atrás me indigitaram como Mestre de Romeiros ao Pároco de Ribeira Quente, sabiam o que esperar de mim:
a) Representar no interior e exterior o Rancho de Romeiros;
b) Representar todo o colectivo de irmãos inscritos desde 2001;
c) Animar e coordenar a acção pastoral deste Rancho;
d) Presidir aos encontros de reflexão e preparação para a Romaria;
e) Presidir à Semana de Romaria Quaresmal;
f) Ser o Servo de todos e ocupar o ultimo lugar.

São estas – e não outras – as funções com que me comprometi há dez anos desempenhar, o melhor que soube e pude. Não esperem de mim mais do que me é pedido pelos Regulamentos dos Romeiros da Ilha de São Miguel, pelo Grupo Coordenador das Romarias, pelo Pároco da minha terra e pelo Bispo desta nossa Diocese. Portanto e para quem me conhece bem, não criei nenhuma instituição para Reinar e tirar proveito. Não dividi para reinar, nem excedi as funções que me foram confiadas.
No trabalho desta missão, que é mais pastoral, procurei ser solícito, fraterno e repreender com caridade. Procurei fomentar e coordenar a actividade pastoral e animar a vida deste nosso Rancho em comunhão com todos os outros responsáveis e conselheiros. Fi-lo sempre com a convicção de que é mais importante e necessário trabalhar em comunhão, do que atirar-me até à exaustão das minhas forças sozinho como Mestre. É de extrema importância trabalhar em comunhão, do que sozinho, mesmo que me considere capaz deste trabalho; concluindo: é mais importante a comunhão do que a acção.
Este cargo de Mestre que termina no próximo ano, podendo ser reconduzido ou não em Assembleia de Irmãos, reveste-se de importância pastoral e comunitária. O Mestre representa um colectivo de irmãos para o bem e para o mal e quando pede alguma ajuda, subsidio ou apoio a alguém ou a alguma instituição civil, cultural ou religiosa, não pede para proveito pessoal, mas para proveito de todo este colectivo de Irmãos e de toda a família paroquial. Se dependemos de outras instituições e estas nos prestam apoio, não é o Mestre que depende e o apoio não é para ele próprio. Volto a repetir: É PARA TODO O COLECTIVO DOS IRMÃO.
Se o cargo Mestre serve para contentamento do ego e para proveito próprio – eu, ribeiraquentense, Católico, Apostólico e Conservador não me revejo nesse ego. Aqueles que me conheceram ao longo destes dez anos e hoje me conheçam, consideram-me um homem de casa e de Igreja, pouco conhecido, um louco e fanático por Cristo – penso que nunca me virão e não me verão cair na tentação de vestir a roupa do patrão e do mandatário. Prefiro, sim a veste da Humildade e do Serviço, pois, na Igreja, todos “somos servos inúteis” (Lucas 17:9-10).
Procurei resistir sempre à tentação e com todas as minhas forças sentar-me no trono. Não fui feito para mandar e quem sai de Romeiro comigo, ou lida comigo no dia a dia sabe muito bem disso.
Desde criança, aprendi com a minha querida e saudosa avó que somos nós que dignificamos os lugares e não os lugares que nos dignificam. Segundo o Evangelho, o maior deve ser o menor, e quem manda, manda como quem serve.
Todo aquele que é chamado a ser Mestre ou a exercer algum Ministério encontra-se perante este dilema: ser servido ou servir. Este desejo de servir GRATUITAMENTE e sem RECOMPENSA alguma, rebenta com as amarras do egoísmo, fazendo da sua vida uma total e doação. Muito ou pouco que tenhamos feito, não compete a ninguém julgar, nem ao próprio. Só Deus nos julgará.
Na Igreja de Deus não há vencedores nem vencidos, pois todos somos colaboradores de Deus, diz-nos São Paulo(1Cor 3:6-11) e somos servos inúteis, como nos diz o Mestre Jesus.
Confiei sempre na amizade e ajuda dos meus colaboradores mais próximos, na amizade filial de todos os que comigo caminharam e espero continuar com a sua ajuda para levar a bom porto a missão que me foi confiada há dez anos, que poderá estar a terminar ou a recomeçar com novos desafios, vai depender da vontade de todos os Irmãos. Nunca foi para mim demais ajudar muitos e muitos irmãos a abrirem-se à Palavra de Deus e a continuarem a sua caminhada de fé.
Como responsável por este Rancho e por este Colectivo de Irmãos, não poderei permitir que a rotina me assalte e domine, que as criticas tantas vezes infundadas e incoerentes me façam esmorecer ou desviar do essencial – A salvação das almas, a conversão progressiva e a catequização dos que me foram confiados.
Termino afirmando o que eu atrás referi: Os Romeiros da Ribeira Quente são um Colectivo de Irmãos, de diferentes idades, atitudes, defeitos e qualidades. Os Romeiros da Ribeira Quente não são unicamente a figura do Mestre.
Sei que não sou santo, tenho as minhas limitações e fraquezas. Sei e reconheço quando erro e quando me excedo. Sei que sou um servo inútil.
Que o Senhor Jesus e Sua Mãe Maria Santíssima nos conceda a graça de colaborarmos fraternamente para o bem do Seu povo.
Queridos irmãos, rezai a Deus por mim e encomendai-me à protecção de Nossa Senhora Mãe de Deus e Mãe dos Romeiros, encomendai-me também ao Apóstolo São Paulo, meu Padroeiro.

Termino em jeito de Oração como o Salmista:
Senhor, não se eleva soberbo o meu coração,
nem se levantam altivos os meus olhos.
Não ambiciono riquezas,
nem coisas superiores a mim.

Antes fico sossegado e tranquilo,
como criança ao colo da mãe.
Espera, Israel, no Senhor,
agora e para sempre.

Um grande abraço em Cristo
Márcio Peixoto – Irmão Mestre

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

5.ª ROMARIA QUARESMAL DAS SENHORAS

5.º ANIVERSÁRIO DA FUNDAÇÃO DA ROMARIA DAS SENHORAS

20 E 21 De Março de 2010



TEMA: Ave Cheia de Graça


Local de Peregrinação: Igreja de Nossa Senhora da Graça - Faial da Terra


Recebestes de graça, dai de graça (Mt 10, 8)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PEGADAS NA AREIA


sexta-feira, 23 de outubro de 2009

SEREMOS JULGADOS PELO AMOR



Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (Mateus 25:34)

Vou começar esta minha reflexão com uma afirmação de extrema importância do Grande Santo São João da Cruz: “No princípio, está o amor e no entardecer da vida seremos julgados pelo amor”.
Estava eu na Escola Apostólica Dominicana, na manhã de 31 de Outubro de 1997, ouvindo a Rádio Renascença. Atarefado com as lidas da limpeza do meu quarto e preparando-me para o toque do sino que anunciava o momento da refeição do almoço, quando a certa altura ouço na rádio a seguinte noticia: “Tempestade passa pela Povoação em São Miguel – Açores e são já seis as mortes”. Aflito recorri logo ao telefone e tentei contactar com a minha família e amigos, mas nada. Nada funcionava e a minha aflição era cada vez maior.
Desci a escadaria e dirigi-me à sala comum para ver o noticiário, quando para meu espanto e dor na notícia de abertura vejo o Senhor João Bosco Mota Amaral, então deputado pelo círculo dos Açores, pedir um voto de luto pelas 29 pessoas que tinham falecido na Freguesia de Ribeira Quente. Foi atroz!
Contacto telefónico, nada. Não almocei e jantei neste dia, esperava ansiosamente pelo noticiário da noite. Ai, então recebi a noticia mais dolorosa, quando vi o meu falecido avô a dizer que lhe tinha morrido uma filha e quatro netos.
Dia seguinte 1 de Novembro (Dia de Todos os Santos) não consegui ir à Missa traumatizado com todo aquele horror e morte. Só neste dia à noite é que consegui contacto telefónico com a minha família que me confirmou o sucedido. Cinco dias depois vim a São Miguel ver a minha família e encontrei uma Estrada e uma Ribeira Quente totalmente diferente, destruída, a cheirar a lodo e enlutada. Não pude fazer nada a não ser rezar e dar algum conforto a todos os que por mim passavam e conversavam.
Com toda esta catástrofe, pensava eu que o meu povo iria-se voltar mais para Deus e pensar naquilo que nos é de mais certo na vida, que é a nossa passagem deste mundo para o outro. Não de facto não foi assim.
De todos os lados vieram auxilio e ajudas que no início serviu para acudir aos que mais precisavam. O que foi de louvar e agradecer. Mais tarde e tal era a abundância de dinheiro que muitos se deixaram perverter, tornaram-se gananciosos e venderam a sua alma ao dinheiro. Ainda hoje infelizmente doze anos após ainda por ai rolam dinheiro da catástrofe de 1997, que anda a beneficiar alguém.
Voltei para a minha terra em 1999. Prestei serviço militar na Armada Portuguesa. Passei a residir cá até hoje e infelizmente vejo que muita gente já se esqueceu do horror que aqui se passou à doze anos atrás. Esqueceram-se de que morreram 29 pessoas, para benefício de muitos. A Ribeira Quente está muito mudada. Nos seus hábitos, costumes, religiosidade e acolhimento. Minha avó que Deus a tenha no eterno descanso dizia-me muitas vezes que o dinheiro era inimigo da alma. Não podemos viver sem ele, mas também não nos devemos vender a ele.
Acredito que ainda há quem chore e lamente toda aquela tragédia e morte. Acredito que ainda há na mente e coração de muitos a terna saudade dos que faleceram naquele fatídico dia.
Um dos meu lemas de vida é: faz o bem agora e não te agarres a nada. Faz tudo o que puderes, pois quando a tampa do caixão se fechar nada mais poderemos fazer.
No próximo dia 31 de Outubro, façamos silêncio nos nossos corações e rezemos por aqueles que faleceram, se já estão juntos de Deus que eles sejam intercessores nossos e para que possamos viver numa sociedade mais justa, mais honesta, mais irmanada em torno dos verdadeiros valores e da Fé em Cristo Jesus.
A todos os que faleceram no dia 31 de Outubro de 1997 a minha eterna saudade e votos de se encontrem junto da Glória de Deus.


O Irmão Mestre
Márcio Peixoto


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Eu tenho alguém por mim – por Thiago Neves/SJC

Sei muito e muito bem que peso tem a cruz
Mas, sim, eu sei também, que força tem Jesus
Conheço a humana dor
Sofrer eu já sofri, mas graças ao bom Deus eu nunca desisti
Eu nunca desisti de crer e de esperar
Fiel permaneci e sem desanimar eu vou até o fim mantendo a mesma fé,
Eu tenho alguém por mim, Jesus de Nazaré


quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PERDÃO


Leiam e meditem bem na mensagem que vos envio, pois assim como ela faz sentido com a actual situação da minha vida, poderá também ajudar algum Irmão ou Irmã que esteja a passar pelo mesmo.

Leiam com muita atenção e meditem palavra por palavra:

Pra não ferir ninguém, eu vim te procurar...
Alguém me machucou e eu não pude nem chorar...
Escuta meu Senhor, escuta a minha história.

Por mil caminhos e a sorrir, eu procurei compreender,
nenhum irmão eu quis ferir eu só pensei em ajudar.

Mas houve quem não entendeu e destruiu o que eu ergui,
e arrancou o que eu plantei, desafiando minha paz.

De tanto ouvir falar de Ti, eu quis fazer como aprendi.
Eu quis amar sem distinção, de todos eu me fiz irmão.

Mas houve quem não entendeu e disse coisas que eu não fiz.
Eu tenho medo de esquecer de me esquecer que sou feliz.

Eu venho aqui pedir perdão, se por acaso eu mereci,
sofrer tamanha ingratidão, quando eu busquei sempre ajudar.

Mas quem não entendeu fui eu, que se esqueceu quem foi Jesus,
que fez um bem maior que o meu e mesmo assim morreu na cruz.


Um grande abraço em Cristo Jesus e Mãe Maria.
Irmão Mestre

Márcio Peixoto

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

AGRADECIMENTO


Gostaria de informar a todos os meus Irmãos e Irmãs em Cristo que já me encontro restabelecido da doença que me atingiu terça, quarta e quinta feira a qual me levou a estar internado no Centro de Saúde da Povoação. Sei que foram muitas as orações e agradeço em especial a todos os que me visitaram estes dias em minha casa. Que Deus a todos abençoe. Nunca se esqueçam das palavras do Mestre Jesus: "Vinde Benditos de meu Pai, pois estava doente e visitaste-me".

Abaixo segue o Salmo de Agradecimento por todos vós!

SALMO 144

1 Bendito seja o Senhor, minha rocha, que adestra as minhas mãos
para a peleja e os meus dedos para a guerra;


2 meu refúgio e minha fortaleza, meu alto retiro e meu e meu
libertador, escudo meu, em quem me refugio; ele é quem me
sujeita o meu povo.


3 Ó Senhor, que é o homem, para que tomes conhecimento dele, e o
filho do homem, para que o consideres?


4 O homem é semelhante a um sopro; os seus dias são como a sombra
que passa.


5 Abaixa, ó Senhor, o teu céu, e desce! Toca os montes, para que
fumeguem!


6 Arremessa os teus raios, e dissipa-os; envia as tuas flechas, e
desbarata-os!


7 Estende as tuas mãos desde o alto; livra-me, e arrebata-me das
poderosas águas e da mão do estrangeiro,


8 cuja boca fala vaidade, e cuja mão direita é a destra da
falsidade.


9 A ti, ó Deus, cantarei um cântico novo; com a harpa de dez
cordas te cantarei louvores,


10 sim, a ti que dás a vitória aos reis, e que livras da espada
maligna a teu servo Davi.


11 Livra-me, e tira-me da mão do estrangeiro, cuja boca fala
mentiras, e cuja mão direita é a destra da falsidade.


12 Sejam os nossos filhos, na sua mocidade, como plantas bem
desenvolvidas, e as nossas filhas como pedras angulares
lavradas, como as de um palácio.


13 Estejam repletos os nossos celeiros, fornecendo toda sorte de
provisões; as nossas ovelhas produzam a milhares e a dezenas de
milhares em nosos campos;


14 os nossos bois levem ricas cargas; e não haja assaltos, nem
sortidas, nem clamores em nossas ruas!


15 Bem-aventurado o povo a quem assim sucede! Bem-aventurado o povo
cujo Deus é o Senhor.


Um obrigado a todos!
E nunca se esqueçam do que o vosso Mestre sempre insiste em ensinar-vos:
"Amai os vossos inimigos e rezai pelos que vos perseguem".

O Irmão Mestre Márcio Peixoto